quarta-feira, 12 de outubro de 2016

BOVA11 com Hedge

Swing Trading
Quando há 1 expectativa de possível queda no mercado acionário o investidor pode tomar uma de duas decisões. A primeira é intuitiva, basta zerar suas posições e ficar líquido. Já a segunda mantêm  a carteira e mediante a venda de contratos futuros de IBOVESPA é possível protegê-la, chamamos isso de Hedge.

Para a segunda opção o investidor terá que obter o BETA em relação ao IBOVESPA de cada papel que possuir, em seguida calcular o BETA ponderado da carteira e finalmente determinar a quantidade de contratos futuros que serão vendidos. Porém, ao invés disso, o investidor poderá trabalhar exclusivamente com o BOVA11 discutido no artigo anterior. Há algumas vantagens para esse tipo de estratégia, uma delas é que esse ETF segue de perto os movimentos do IBOVESPA e seu BETA é aproximadamente igual a 1 e, com isso, dificilmente serão necessárias recalibrações ao longo do tempo como ocorre com o hedge de ações. Isso resulta tanto na redução dos custos quanto na complexidade de recálculos.

Ao comprar uma determinada ação ou um ETF a perspectiva futura é de alta, porém no meio do caminho pode ocorrer alguns momentos menos favoráveis e o recurso de proteger a posição durante esse período pode reduzir muitas noites mal dormidas. 

A grande questão é o que usar para sinalizar os momentos mais propícios para montar e desmontar a proteção do ETF. No caso, a posição no BOVA11 é estática e o que se realiza ao longo do tempo são entradas e saídas do contrato futuro de IBOVESPA vigente naquele determinado período (lembrem-se que o WIN, mini índice, vence nos meses pares do ano).

Apenas para ilustrar vamos montar um sistema simples baseado no indicador Riva-Keltner (confira o Webinar gratuito para mais detalhes sobre o RK), onde os sinais de alta indicam a saída do Hedge (recompra do contrato futuro) e os sinais de baixa o início da proteção da posição em BOVA11. Apenas para o leitor entender melhor o funcionamento da estratégia, tomemos um momento específico. 
diário de BOVA11 - Dez15 - Ago16

Suponha que em 24 de Novembro de 2015 o nosso investidor virtual resolveu adquirir 2.000 contratos de BOVA11 ao preço de R$ 46,48 (investimento de R$ 92.360,00 + custos). Porém em 01 de Dezembro de 2015 com o papel valendo R$ 44,00 (queda de 4,72%) o nosso amigo tenha decidido montar o Hedge a partir da venda de 10 contratos de WINZ15 (venc. 16/dez/15) ao preço de 45.500 pts. Em 16/dez/15 houve a rolagem do WINZ15 (44.600 pts) para o WING16 (45.400 pts) na mesma quantidade anterior (10 contratos). Finalmente em 22 de janeiro de 2016 BOVA11 foi cotado à R$37,20 (queda de 15,45%) e o WING16 à 38.500 pts, queda acumulada de 6.900 pts (15,2%). 

Resumo da ópera, pela tabela a seguir podemos verificar que o ETF acumulou uma perda contábil que foi compensada pelos ganhos financeiros da venda dos mini contratos futuros de IBOVESPA. Isso significa que enquanto o mercado brasileiro teria que se recuperar de uma queda de mais de 15%, a posição do investidor do nosso exemplo estaria praticamente intacta.


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Um comentário:

  1. Agora que mudou para B3 poderia fazer, ou atualizar o artigo.Também poderia dar exemplo de como ganhar na alta da ETF além da valorização do mesmo.

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